Mais que anormal

Mílaca encontrava grande prazer na luz (fotofilia?).
Ficava horas e horas olhando para a luz de seu quarto.

(Claro que hipermetropia não tinha. Lentes convergentes devem concentrar os raios luminosos e isso fritaria a retina. Eu tenho miopia, por isso não posso fritar insetos. Enfim.)

Acesa. Apagada. Acesa. Apagada. Acesa. Apagada. Apagada. Apagada.

- Manhê! A lâmpada queimou de novo!

- Você ficou acendendo e apagando a luz, né, Mílaca?

- Não, mãezinha, tentei acendê-la quando entrei no quarto e ela não funcionou. Minha professora disse que a culpa é de um tal filamento.

- Sei...

- É verdade, mãe! Esse filamento sai do lugar onde ele deveria ficar, e daí perde contato com a lâmpada...

- Tá, vai ao mercado, então, que acabaram-se todas as lâmpadas novas dessa casa.

- Sim!!

(...)

- Ô mãe!

- ...

- A senhora quer alguma coisa do mercado?

- Não, querida. Não quero nada.

- Então posso usar o troco pra comprar ..... ?

O que você compraria? Ou acha que Mílaca compraria?

[sim, estou sem idéias. :]

- Hunf.

Tá bom, mamãe.
Que tem de sobremesa, hein?

E foi assim que o garotinha portou-se após exterminar todas as formigas que haviam (havia/existiam/sei lá) tentado entrar em seu suco de uva.



P.S.: Alguém lembra a marca daquele suco concentrado de uva que eu tomava há tempos?

- Ora...

Mas quanta falta de educação, querida.
De verdade, seja mais gentil da próxima vez, okay? =)

E vocês...

Vocês sabem que são uns filhos da puta, não sabem?